Candidata ao Senado pelo PSB, em chapa ‘puro sangue’, a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon se coloca como “o novo” na disputa de outubro próximo e diz acreditar que “a tendência da política brasileira será a mudança da conjuntura e do olhar do eleitor sobre a campanha e os candidatos”.
Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, ela avalia que seu “maior desafio” é se tornar conhecida. Questionada sobre o cenário eleitoral, a candidata disse que tudo ainda está “um pouco confuso”.
“O que eu esperava é que todos já estivessem mais organizados e a campanha já tivesse deslanchado. Verifico que há continuidade do que já começou. Na fase da pré-campanha, quem é dirigente de partido ou vai para a reeleição tem uma grande visibilidade, e praticamente não houve diferença. Eles continuam com os mesmos holofotes, discursos etc. A mudança aconteceu para mim. Eu, muito ligada à lei eleitoral, sequer dizia que era candidata. Nas entrevistas e palestra me controlava para não falar em nada de política eleitoral. O meu discurso após o registro, onde pude conversar abertamente, me senti bem melhor”.
Eliana critica discurso do PT de que eventos como vaias à presidente Dilma Rousseff e reclamações em geral da população são furto de pensamentos de “uma elite branca”. Para a candidata do PSB, ponto de vista dos petistas é retrocesso.
“Essa tentativa do PT de dividir classes é perversa. Isso já foi pensado em brancos e negros, brancos e ricos, e essa divisão é perigosa, pois deixa a sociedade, que já está conflituada, mais ainda dividida. Eu tenho muita preocupação. A questão de dizer que nos estádios está a elite branca é muito perverso, pois ela é uma contradição. Quer dizer, nós trouxemos a Copa e construímos os estádios para favorecer a elite branca em um governo de inclusão? O discurso nem combina com os princípios do governo petista”.
Veja aqui entrevista completa de Eliana Calmon ao jornal Tribuna da Bahia.
(bahia247)
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