No que depender das regras eleitorais, os que vão disputar as eleições de 2016, fiquem tranquilos: a minirreforma política que está sendo gestada só vai valer em 2018.
O Senado votou anteontem o projeto e até reformulou um item que veio da Câmara.
Explicando: a Câmara aprovou a doação de campanhas de empresas a partidos e o Senado proibiu isso. Além disso, abriu uma janela de 30 dias para quem quer mudar de partido. O projeto volta forçosamente para a Câmara. Para valer em 2016, teria de ser aprovado até o fim deste mês, o que equivale dizer: vai dar tempo? O senador Walter Pinheiro (PT) acha muito difícil. O deputado Benito Gama (PTB) também.
Noutras palavras, em 2016 teremos as regras de sempre, com um detalhe: já é previsível que com a Lava Jato haverá uma escassez de dinheiro generalizada.
Até porque os ‘doadores’ de sempre ou estão presos ou escaldados.
Pressão civil — Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já disse que vai trabalhar duro para mudar a decisão do Senado que proíbe doações de empresas para campanhas eleitorais. Crítico ferrenho do modelo, o senador Walter Pinheiro diz ter a esperança de que a sociedade civil faça pressão para manter.
– É a última esperança que temos.
(Coluna de Levi Vasconcelos- ATARDE)
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