Por: João de Tidinha
Recentemente li uma ótima matéria intitulada “Euclides da Cunha não tem mais Parque de Exposição” no site euclidesdacunha.com, de autoria de José Dilson, o qual expõe com muita propriedade a situação de desinteresse da prefeitura com os assuntos relacionados ao homem do campo.
Está claro que a administração atual não elegeu o homem do campo como sua prioridade. Esquece a prefeita que as maiores necessidades e carências estão justamente na área rural.
A despeito do abandono, o Município é produtor expressivo de feijão e milho e se destacava no criatório de bovinos, ovinos, suínos, asininos, caprinos e muares.
Na referida matéria, José Dilson enfatiza que os políticos nos seus discursos de campanha para a Prefeitura Municipal sempre prometem “apoio total” ao homem do campo. Contudo, depois de eleitos esquecem completamente o que prometeram.
De fato isso aconteceu com a gestão atual, pois revendo “Programa de Governo” da prefeita pudemos observar que mesma prometeu ao povo euclidense a reabertura do Matadouro Municipal, adequando o mesmo as exigências do Ministério da Saúde, assim como a revitalização do Parque de Exposição.
E o que fez ela? Não só abandonou o Matadouro, que continua fechado, como também decidiu acabar com o Parque de Exposição, que funcionava há quase 30 anos.
Com isso, a prefeita, cometeu um grande equívoco, de difícil recuperação, quando ignorou e ignora as necessidades do homem do campo tendo como conseqüência o enfraquecimento da economia da região, já tão combalida com a ultima seca que atingiu todo o semi-árido do nordeste. Como mencionou José Dilson: “O Parque de Exposição não se limitava tão somente à exposição e venda de animais, produtos e serviços agropecuários: vaquejada, um dos esportes mais apaixonantes do povo nordestino, tinha o seu lugar garantido nos eventos nele realizados. Os cavalos das raças manga larga marchador, quarto de milha, etc., usados pelos peões que competiam na vaquejada, também influenciaram na renovação do rebanho equino local e regional. Pelo Parque de Exposições de Euclides da Cunha passaram grandes competidores de prestigio nacional.”
Ainda, segundo José Dilson, “o que os euclidenses viram e não reagiram inclusive às entidades locais ligadas diretamente ao agronegócio, às coisas do campo e com a conivência da Câmara Municipal de Vereadores, foi o desmantelamento de um equipamento importantíssimo para a agricultura do município.
O argumento de que extinção do Parque foi por uma causa justa, pois o terreno, que foi doado ao IFET e a UNEB, onde está sendo construído o campus Universitário, não tem qualquer lógica. Isso porque a prefeitura poderia doar outro terreno mais adequado a esse propósito (afastado da BR-116, com menos incidência de barulhos de caminhões e afastado das fábricas e indústrias já instaladas no entorno) que pudesse atender plenamente a entidades de ensino.
No informe José Dilson relata que a doação do terreno onde se localizava o Parque de exposição não foi objeto de discussão com a população nem pela Câmara Municipal de Vereadores, que aprovou/referendou a doação de forma passiva. “Talvez, por obediência aos seus líderes políticos, que não possuem negócios e não promovem nada que impulsione o desenvolvimento econômico local, por conseguinte a geração de emprego e renda ou por desconhecer que é na agricultura que o Município se sustenta, autorizaram a doação da área e automaticamente decretaram o fechamento do parque.”
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