Novos nomes no mensalinho baiano

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Novos nomes de integrantes do PT na Bahia são apontados pela presidente do Instituto Brasil, Dalva Sele, como beneficiários do suposto esquema de desvio de dinheiro público, que teria como objetivo a criação de um caixa dois para a campanha eleitoral do partido nas eleições deste ano no estado. As novas denúncias foram publicadas no site da revistaVeja, que, no último final de semana acusou a existência de corrupção em programas sociais, comprometendo, inclusive, o principal nome do Partido dos Trabalhadores na disputa pelo governo do estado, Rui Costa.

Na nova lista divulgada pela revista constam os nomes dos deputados Nelson Pelegrino e Zezéu Ribeiro – atualmente conselheiro do Tribunal de Contas do Estado -, o presidente da Embratur, José Vicente Lima Neto, o ex-secretário de Saúde e candidato à Câmara Federal, Jorge Solla, a deputada estadual Maria Del Carmen, o ex-superintendente de Educação Clóvis Caribé, além de diversos outros militantes do PT da Bahia.

Anteriormente, os únicos nomes de petistas envolvidos nas denúncias eram do deputado e ex-ministro Afonso Florence, de Rui Costa e do senador Walter Pinheiro.

Denúncia – De acordo com a reportagem, publicada na edição que chegou às bancas neste final de semana, um esquema que funcionou por quase uma década com dinheiro desviado de “projetos sociais” das administrações petistas. O mecanismo chegou a movimentar, segundo ela, R$ 50 milhões desde 2004.

Desde 2010, o Ministério Público investiga o Instituto Brasil, uma ONG criada pelos petistas da Bahia. Em 2008, a entidade foi escolhida pelo governo do estado para construir 1.120 casas populares destinadas a famílias de baixa renda. Os recursos, 17,9 milhões de reais, saíram do Fundo de Combate à Pobreza. Os investigadores já tinham reunido provas de que parte do dinheiro desaparecera, mas não havia nada além de suspeitas sobre o destino final dele. O mistério pode estar perto do fim.

O Instituto Brasil recebia os recursos, simulava a prestação do serviço e carreava o dinheiro para os candidatos do partido. Como os convênios eram assinados com as administrações petistas, cabia aos próprios petistas a tarefa de fiscalizar. Assim, se o acordo pagava pela construção de 1.000 casas, por exemplo, o instituto erguia apenas 100. O dinheiro que sobrava era rateado entre os políticos do partido, de acordo com a denúncia.

 

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