Petrolão deixa mundo político em polvorosa

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Com Luiz Fernando Lima

O Brasil já viu muitos casos de corrupção, tantos que se chega a pensar que a ladroagem com dinheiro público faz parte da cultura nacional, mas do tamanho do escândalo que a Operação Lava-Jato, o petrolão, está gerando, nunca. Faz até o mensalão virar fichinha.

O país estarrecido viu o Sr. Pedro Barusco anunciar que vai devolver US$ 100 milhões, o equivalente a R$ 257 milhões (cotação de ontem). Uma dinheirama, mais que o recorde da Mega Sena (R$ 244 milhões). O que enseja a pergunta: se apenas um afanou tanto, qual será o tamanho do rombo?

Estima o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em R$ 23 bilhões, muito dinheiro para qualquer afortunado em qualquer parte do mundo.

E na meleira que escandaliza o Brasil, ainda não entraram outros atores, os políticos. Fala-se em Brasília que, dos 513 deputados, pelo menos 200 estão envolvidos. E também que, dos 32 integrantes da CPI da Petrobras, 12 estão na lista dos suspeitos suspeitíssimos.

A hora deles está chegando. Talvez por isso o repórter Heraldo Pereira, da Globo, sempre equilibrado, anteontem no Jornal Nacional, tenha soltado uma pérola:
– É por isso que em Brasília tem muito político com o coração pulando. Pra não dizer outra coisa…

A oposição torce para que a coisa pegue em Dilma. E do jeito que vai…

Gabrielli – Por mais boa vontade que se tenha, é difícil entender como José Sérgio Gabrielli, na condição de presidente da Petrobras, não viu, percebeu ou desconfiou de uma roubalheira dessa monta. No mínimo, generosamente falando, é incompetência.

No mundo político se diz que não dá para entender também como Wagner o mantém como secretário. E é difícil mesmo. (Coluna Tempo Presente de ATARDE- Jornalista Levi Vasconcelos)

 

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