O prefeito João Henrique (PMDB) pode sair candidato ao Senado na chapa do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), segundo informaram há pouco fontes do Palácio Thomé de Souza ao Política Livre. A mais forte pista sobre o novo destino do prefeito seria o anúncio oficial, nas próximas horas, de que a deputada estadual Maria Luíza (PSC) desistiu de tentar a reeleição para buscar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2010.
Maria Luíza era até a semana passada candidatíssima à Assembléia Legislativa numa dobradinha que vinha sendo costurada há meses com todo o zelo com o deputado federal ACM Neto (DEM). Segundo fontes do DEM disseram ao Política Livre, o democrata teria ficado tão surpreendido quanto o mundo político com a repentina conversão da deputada numa de suas principais concorrentes pelo voto dos eleitores de Salvador na disputa por uma vaga no Congresso.
Neste momento, o grupo político do deputado avalia o impacto da decisão da primeira-dama de Salvador nos seus planos de reeleição, mas emite sinais de que, pelo menos por enquanto, a escolha da parlamentar não necessariamente levará a um rompimento entre eles.
A mensagem mais comentada que a decisão de Maria Luíza tem causado diz respeito, no entanto, ao futuro de outro político. Trata-se de seu marido.
“Não faz sentido Maria Luíza se tornar deputada federal e João Henrique ficar em Salvador”, diz uma fonte do Política Livre muito próxima do casal, relembrando de referências constantes a um suposto interesse de João Henrique em disputar as eleições de 2010 para evitar ficar sem mandato em 2012, quando acaba seu governo. A eventual candidatura do prefeito é repleta de simbolismos também para o seu partido.
Significaria, por exemplo, que o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) recobrou o comando e a confiança do grupo cuja liderança divide com o prefeito. Muito insuflado por ACM Neto, segundo se comenta no Thomé de Souza, o prefeito chegou a avaliar com muito interesse a hipótese de se candidatar ao governo até ser definitivamente enquadrado pelo ministro, que desde sempre deixou claro não abrir mão da candidatura no PMDB para ninguém.
Teria sido o primeiro de uma série de pequenos confrontos entre os dois, ao qual João Henrique teria reagido com a determinação de não compor em hipótese alguma a chapa majoritária ao lado do ministro, sob a alegação de que não via chances de o peemedebista se eleger ao governo. A birra se desfaria agora. Haveria outro mérito da candidatura a deputada federal de Maria Luíza, cujo convencimento se atribui a Geddel.
Seria o de neutralizar a influência de ACM Neto sobre o prefeito e a primeira-dama, o que sempre desagradou ao ministro e ao seu irmão, o presidente do PMDB, Lúcio Vieira Lima.
Fonte: Politicalivre.com.br
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