Como primeiro ato após retornar à Brasília para articular, nos bastidores, o posicionamento do Partido dos Trabalhadores na eleição para presidente da Câmara dos Deputados, marcada para a próxima semana, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva surpreendeu opositores e aliados ao dar seu aval para que parlamentares petistas e membros da base de apoio ao governo da presidente afastada Dilma Rousseff que desejem fazer o mesmo, apoiassem o candidato do Democratas, deputado Rodrigo Maia (RJ).
A informação foi publicada na edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo, que sugere ser intenção de Lula, com tal manobra, fragmentar a base aliada do governo interino de Michel Temer, além de impedir a ascensão do deputado apoiado pelo ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha, Carlos Marun (PMDB-MS).
Segundo o jornal, o porta-voz da mensagem de Lula de que “não há veto ao nome de Maia” no Congresso foi o deputado e ex-ministro dos Esportes, Orlando Silva (PCdoB). De acordo com Silva, Dilma Rousseff tem pleno conhecimento da atitude de Lula.
Impeachment – Rodrigo Maia foi um dos principais articuladores do impeachment da presidente afastada na Câmara dos Deputados. Para confirmar o apoio o PT solicitou ao deputado, entretanto, que garanta internamente o apoio dos demais partidos que apoiam o governo Temer: PSDB, PPS e o próprio Democratas, que vêem ainda o nome do baiano José Carlos Aleluia como opção.
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