O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci disse que seu sucessor, Guido Mantega, criou uma central de vendas de informações para o mercado financeiro no tempo em que esteve no comando da pasta, entre 2006 e 2014. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
Segundo o jornal, Palocci, que está preso em Curitiba desde 2016, afirmou que Mantega antecipava dados sobre juros e medidas provisórias que poderiam afetar o mercado financeiro. Em troca das informações essenciais aos bancos, ele pedia apoio ao governo petista. Mantega negou as acusações.
Condenação de 12 anos
Conhecido nas planilhas sob o codinome “italiano”, Palocci foi condenado pelo juiz Sergio Moro a passar doze anos, dois meses e vinte dias na prisão.
Moro mostra que não se convenceu com a versão do ex-ministro para os 130 milhões de reais que ele intermediou criminosamente entre o departamento de propinas da empreiteira e candidatos do PT nas eleições de 2008 e 2010 e muito menos com o aceno público do petista a colaborar com a Justiça.
Mais tarde, porém, Palocci aceitou colaborar com as investigações e fazer uma delação premiada.
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