Primeiro nome da equipe econômica anunciado pelo futuro superministro Paulo Guedes, Joaquim Levy vai comandar o BNDES tendo como prioridades o financiamento para infraestrutura, as privatizações e a inovação. Esses setores são considerados estratégicos, mas não possuem grande demanda no mercado de capitais.
Levy, ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, com passagens também pelos governos Lula e Cabral, atuará ainda na reestruturação das finanças de estados e municípios. Futuros governadores já sinalizaram pedidos de ajuda para colocar as contas em ordem, e o BNDES pode auxiliar na captação de recursos.
Outra missão de Levy foi prometida por Jair Bolsonaro aos eleitores e reforçada na segunda-feira: terá de “abrir a caixa preta” do banco, adotando medidas de transparência sobre os destinos e quantias de repasses.
Especialistas consultados pelo GLOBO acreditam que o economista manterá a linha de atuação adotada no governo Michel Temer, reduzindo o tamanho do banco. Entidades industriais elogiaram a escolha. Para o colunista Merval Pereira, o fato de a indicação ter sido bancada por Paulo Guedes sugere um novo jeito de governar.
Manutenção na Petrobras
Apesar de não ter sido confirmado pela equipe de Bolsonaro, o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, deve ser mantido no cargo, sob o argumento de não mudar o comando da empresa em meio ao processo de reestruturação. Também é cogitada a permanência de Nelson de Souza na presidência da Caixa Econômica Federal.
Fonte: O GLOBO
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