Vacina contra Covid-19 deve imunizar por 1 ano, diz presidente de farmacêutica

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AstraZeneca já iniciou os testes em humanos da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford

Reuters

16/06/2020 – 17:41 / Atualizado em 17/06/2020 – 09:47

BRUXELAS, FRANKFURT e BERLIM – A potencial vacina contra o coronavírus da AstraZeneca provavelmente fornecerá proteção contra a infecção por cerca de um ano, disse o presidente da empresa, Pascal Soriot, em uma estação de rádio belga nesta terça-feira. Entre os voluntários, estão dois mil brasileiros.

A farmacêutica britânica já iniciou os testes em humanos da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, com um estudo de fase 1 no Reino Unido prestes a ser concluído em breve e um estudo de fase 3 já iniciado, afirmou ele à emissora Bel RTL.

— Acreditamos que ela irá proteger por cerca de um ano — disse Soriot.

A AstraZeneca informou no sábado que assinou contratos com França, Alemanha, Itália e Holanda para fornecer até 400 milhões de doses da vacina em potencial à União Europeia. Os países pagarão 750 milhões de euros (mais de R$ 4 bilhões) como parte de um acordo europeu para garantir o fornecimento da droga. A empresa também fechou acordos com o Reino Unido e os Estados Unidos.

— Se tudo correr bem, teremos os resultados dos ensaios clínicos em agosto/setembro. Estamos fabricando em paralelo. Estaremos prontos para entregar a partir de outubro, se tudo correr bem — acrescentou.

Alemanha comprará participação na CureVac, empresa que desenvolve vacina contra Covid-19

A Alemanha participará da empresa de biotecnologia CureVac, que está trabalhando em uma vacina COVID-19, afirmou o ministro da economia do país, Peter Altmaier.

O governo de Berlim adquirirá uma participação de 23% pelo valor de 300 milhões de euros, segundo Altmaier. A medida veio após tentativas relatadas pelo governo dos EUA de adquirir a CureVac ou seus ativos em março, o que provocou uma reação de Berlim, que expressou apoio para manter a CureVac alemã.

Altmaier disse que o governo queria fortalecer os setores de ciências e biotecnologia na Alemanha e que Berlim não teria nenhuma influência sobre a estratégia de negócios da CureVac:

— O governo federal alemão decidiu investir nessa empresa promissora porque espera que isso acelere os programas de desenvolvimento e forneça os meios para a CureVac aproveitar todo o potencial de sua tecnologia — disse o ministro, acrescentando que a transação não exigiria a aprovação da UE.

— Com esse investimento, pretendemos dar segurança financeira à CureVac para que ela possa continuar trabalhando na produção de vacinas com o mesmo compromisso — afirmou ele em entrevista coletiva.

Uma fonte do governo disse que a medida reflete as preocupações alemãs de depender demais de fornecedores no exterior para produtos e equipamentos de saúde.

Fonte: O GLOBO

 

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