Por João de Tidinha
Vocês lembram-se do amigo que me fez uma ligação, questionando sobre “O que motivaria o casal Nunes a obterem um atestado falso de COVID-19?”Pois é, encontrei-o novamente na Rua da Igreja onde eu estava fazendo uma caminhada matinal e ele veio logo me perguntando: “João, eu sou da turma do BEM?”. Eu disse: como assim? não estou entendendo!
Ele me explicou que ontem esteve com seu vizinho e ele disse que “eu era da turma do BEM (Bestas, Enganados por Mentiras). Tudo isso só por que eu comentei que a ex-prefeita Fátima Nunes afirmou num áudio que amava muito todos nós. Ele rebateu de imediato dizendo que é mentira, que ela ama mesmo são seus interesses pessoais. Ele muito zangado, me disse que não acreditava que como um homem da minha idade ainda caia em conversa fiada de alguns políticos, que fazem tudo para tomar o poder”.
Tentei explicar para meu amigo que ele não deve julgar as pessoas e sim as suas ideias. Quando as pessoas querem de fato fazer o bem, não precisa da politica para isso, nem ficam contando vantagens dos seus feitos. Disse-lhe que ele não deveria se aborrecer com seu vizinho devido as suas crenças politicas e que não deveria rotular as pessoas como sendo do bem ou do mau. Isso cria somente intriga e desarmonia entre os euclidenses.
Porém meu amigo insistiu no assunto. “Mas você lembra que na época que a Fátima ainda era prefeita, numa entrevista na rádio ao Wilson Vitor ela disse que ele não era do bem, ele era do mau? Será que hoje ele ainda é do mau ou será que é do bem?”
Tentei explicar que essa ideia de dividir o mundo entre o bem e o mal é uma bobagem, é um delírio. Que ele não deveria se preocupar com isso, nem brigar com seu vizinho.
Para minha surpresa, meu amigo se calou por um instante de me disse: “João, acho que eu não quero ser nem do bem nem do mau. Quero apenas ser um cidadão consciente que saberá votar e distinguir com clareza as reais intenções dos políticos”.
É isso aí. Disse para ele. Despedimo-nos e cada um foi para o seu canto.
Ao caminhar, o que o meu amigo disse me fez lembrar a época em iniciamos uma companha aqui em Euclides da Cunha de combate a compra de votos, que tinha como tema: “Voto não tem preço. Tem consequências.”
Porém, isso é um assunto para outra história…
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