A água e a luz vão pesar mais no bolso dos baianos a partir de maio. A Embasa informou na segunda-feira, 19, que vai aplicar o reajuste de 6,91% nas tarifas de todas as faixas de consumo e a Coelba foi autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a aplicar um reajuste médio de 6,75% para os consumidores residenciais, 0,85% para o público de baixa renda e 6,07% para o público industrial.
Os aumentos anuais são previstos por lei, portanto um direito das concessionárias que prestam os serviços à população. Entretanto terminam por ter um impacto negativo na vida das pessoas. Até o mês passado, o INPC, índice que mede a inflação para pessoas que ganham até seis salários mínimos, apontava que os serviços de água e luz tinham um peso de 1,96% e 2,6% na c0mposição da inflação. Pelo índice, a inflação nos últimos 12 meses foi de 5,18%, inferior aos dois aumentos.
A Comissão de Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Coresab) foi quem autorizou o reajuste da água. Em nota à imprensa, a entidade diz ter observado os custos da Embasa, a previsão de inflação e somou tudo a 2,49% de um resíduo do reajuste de 2009.
A Coelba informou através da assessoria de imprensa que o superintendente de regulação, Eduardo Tanure, vai explicar o reajuste hoje, com exemplos de como vão ficar diferentes tipos de contas. A empresa tinha pedido autorização para aplicar um reajuste médio de 6,88%.
“A gente não pode fazer nada, tem que pagar. Mas os serviços deixam a desejar”, reclama o montador de móveis, Jesse Pereira, 25 anos. Detalhe: a rua onde ele mora, em Cajazeiras, teve acesso ao serviço de esgotamento sanitário apenas recentemente. “Eu acho que a gente paga muito caro em comparação com o que recebemos em troca”.
Fonte: ATARDEONLINE
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