À medida que vai se aproximando o clímax da campanha eleitoral, os pequenos partidos começam a se acomodar em coligações, tendo como principal objetivo encostar naqueles grupamentos que mais facilitem a eleição dos seus representantes na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Depois do apoio do PRB ao governador Jaques Wagner (PT), quem mais tem atraído apoios é o PMDB, do deputado federal Geddel Vieira Lima.
Os peemedebistas, que já estavam fechados com o PTB e PSC, ganharam, na última semana, o apoio do PPS e, na terça-feira, recebeu na sua coligação outros quatro partidos: PSDC, PMN, PRP e PTdoB. Afora a questão do tempo no horário eleitoral gratuito – cada uma dessas legendas tem alguns segundos a acrescentar -, e antes que se diga que esses partidos nada somam em termos eleitorais, o fato de estar recebendo apoios reforça muito o ânimo da pré-candidatura de Geddel e afasta de vez o fantasma do isolamento a que o governador queria condená-la.
Além do mais, algumas legendas que têm pouco peso no conjunto do Estado são fortes em determinadas regiões, como é o caso de Ilhéus, de acordo com análises de quem conhece a realidade política local. Ali, o PPS, o PSDC e o PMN têm seis vereadores, metade da Câmara Municipal, e, juntos conseguiram quase 35% do eleitorado ilheense na eleição municipal de 2008.
Da forma como está encaminhada, esta será uma das mais disputadas e interessantes campanhas eleitorais da história da Bahia. A candidatura à reeleição de Jaques Wagner continua muito forte – tanto por estar à frente da máquina administrativa como por ter o apoio explícito do presidente Lula – e o ex-governador Paulo Souto mantém-se competitivo, especialmente porque conta com os votos remanescentes do carlismo e deve ser beneficiado pelo fato de o PSDB ter um forte postulante à Presidência da República ao seu lado no palanque.
Analise do Comentarista Paixão Barbosa- ATARDE ONLINE
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