O mês de junho, que começa nesta terça-feira, marca uma nova e mais interessante fase da campanha eleitoral, especialmente na Bahia, onde ainda há tantas indefinições. É que, pela legislação eleitoral, todos os partidos que tiverem filiados concorrendo a qualquer cargo nas eleições de outubro precisam formalizar suas chapas e coligações até o dia 30 de junho.
Dos três candidatos principais ao Palácio de Ondina, somente o governador Jaques Wagner (PT) já está com a estrutura da sua chapa majoritária completa. O ex-governador Paulo Souto (DEM) definiu apenas os nomes dos candidatos a vice (o ex-prefeito de Guanambi, Nilo Coelho, do PSDB) e de uma das vagas para o Senado (ex-prefeito de Feira, José Ronaldo, do DEM). Ele ainda aguarda a posição do senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM), que não deseja ser candidato, mas que está sendo pressionado a entrar na disputa.
O deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB) está somente com o nome do senador César Borges (PR) garantido numa das vagas para o Senado. As posições de vice e da outra vaga para o Senado ainda estão sendo objeto de análises e negociações, embora os mais cotados sejam, respectivamente, o ex-deputado federal Eliel Santana (PSC) e o vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito (PTB).
Ainda faltam ajustes, em todas as futuras coligações, a respeito das chapas proporcionais. E aí o problema maior a ser enfrentado é na área do governador Jaques Wagner, uma vez que o seu principal aliado, eleitoralmente, o PP, mantém o desejo de colocar seus candidatos à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal no mesmo guarda-chuva do PT (formando o chamado “chapão”).
O problema é que os petistas são contra porque consideram que isto trará prejuízos aos seus candidatos e reduzirá as chances de aumentar, ou mesmo manter, as bancadas estadual e federal da legenda (lembrem-se que esta mesma resistência, aliás, causou o recuo do senador César Borges pouco antes de ser fechada a aliança PT-PR). Nas bandas de Souto e Geddel este entendimento é mais tranquilo e não deverá haver traumas.
O calendário das convenções e as definições que elas vão gerar é que tornam esta fase da campanha mais interessante, como disse lá no primeiro parágrafo. E para esquentar a movimentação política em Salvador, já no dia 12 a capital baiana abriga a convenção nacional do DEM, PSDB e PPS, formalizando o nome de José Serra como candidato a presidente da República. Segue-se a convenção do PMDB, no dia 19 (o DEM talvez faça sua convenção neste mesmo dia, mas ainda não está batido o martelo).
Por fim, fechando o mês, será feita a convenção do PT, no dia 27, em torno da proposta de reeleição de Jaques Wagner. Completando o quadro, no meio de todas essas festas, serão realizadas também as convenções dos partidos menores, como PSOL, PCB, PV e outros que terão candidatos próprios ao governo do Estado.
Enfim, um mês que, na Bahia, já é tão marcado pelos festejos juninos, terá este ano, dois atrativos festivos a mais: as convenções e, não podemos esquecer, a Copa do Mundo de Futebol. Um junho com festas para todos os gostos, sem dúvida.
Análise do Comentarista Paixão Barbosa – ATARDE ON LINE
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