A campanha de José Serra à Presidência da República sofreu um baque com o resultado da pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quarta-feira, na qual a ex-ministra Dilma Rousseff (PT) aparece pela primeira vez à frente do candidato tucano, com 40% das intenções de voto (ela tinha 33%, Serra caiu de 38% para 35% e Marina Silva oscilou de 8% para 9%). Apesar de toda a relatividade que cerca os números de qualquer pesquisa de opinião, o resultado não era esperado para agora, ainda antes do início da campanha oficial.
Não há dúvida de que as últimas pesquisas de opinião já revelavam a tendência de crescimento de Dilma Rousseff, depois de um breve período de estabilização , mas o comando da oposição acreditava que, após a exposição do seu candidato nos horários eleitorais dos partidos (do PSDB e de aliados, como DEM e PTB) o quadro seria mais favorável e a campanha seria iniciada com um empate técnico, porém com o ex-governador paulista à frente.
Até o comando petista se surpreendeu com a boa performance de Dilma, tanto que as lideranças do partido preferiram não comemorar muito os números do Ibope. A única explicação que há para o salto da candidata do PT é que a estratégia do presidente Lula, de vincular ainda mais fortemente a imagem de Dilma à sua (ele até disse que seu nome, nesta eleição, é Dilma) foi mais forte do as aparições de José Serra na TV e no rádio.
Caso as próximas pesquisas confirmem a dianteira de Dilma, tucanos e democratas terão que rever suas estratégias para o início da campanha oficial, na tentativa de evitar que a candidata petista deslanche de vez e possa ameaçar ganhar a eleição ainda no primeiro turno.
Análise do Comentarista Paixão Barbosa – ATARDE
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