Serra teve que engolir o Índio

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E, depois de idas e vindas e do que pareceu uma desesperada “caça ao vice”, o presidenciável José Serra (PSDB) ganhou um companheiro a chapa majoritária para as eleições de outubro: o deputado federal Índio da Costa, 40 anos de idade, do DEM do Rio de Janeiro. O senador paranaense Álvaro Dias (PSDB) foi descartado depois que o seu irmão, Osmar Dias, não caiu na conversa dos tucanos e cedeu à pressão do Palácio do Planalto para se candidatar a governador com o apoio do PT.

Na minha opinião, assim como Álvaro Dias, Índio da Costa não agrega votos à candidatura de Serra, mas tem alguma vantagens comparativas em relação ao paranaense, a exemplo do fato de sua escolha ter servido para pacificar a relação entre DEM e PSDB, evitando a guerra que se prenunciava no quintal da campanha do tucano. Outra vantagem – e não vejo mais nenhuma, talvez por cegueira política da minha parte – é que ele é um parlamentar mais jovem e sem os desgastes que Álvaro Dias já possui.

Não levo a sério os berros de alguns segmentos que se apressaram a gritar que Índio da Costa é genro do famigerado banqueiro Salvatore Cacciola (na verdade, ele namorou a filha do cara), bhem como não considero ponto positivo o fato de ele ter sido relator do Projeto Ficha Limpa, porque foi algo fortuito e que poderia ter sido de qualquer uma.

O fato concreto é que não restava mais nenhuma opção para José Serra, uma vez que, depois dos fiascos de Aécio Neves e de Álvaro Dias, o PSDB tinha mesmo que ceder à pressão do DEM. E este não tinha nenhum nome melhor para indicar (na verdade acho que não tinha nenhum, mas desencavou o deputado carioca, o que agradou muito ao presidente do DEM, Rodrigo Maia, com quem ele disputava votos no Rio de Janeiro). Alternativas como a de José Carlos Aleluia (DEM-BA) nunca forma muito levadas a sério pelos comandos dos tucanos e dos democratas.

Não restou outro caminho a Serra a não ser pegar o Índio pelo braço e apostar que o candidato a vice já ajuda muito se não atrapalhar porque voto mesmo nenhum deles acrescenta.

Análise do Comentarista Paixão Barbosa – ATARDE ONLINE

 

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