Em outubro de 2010, os brasileiros terão um encontro cívico com as urnas para eleger os chefes do Poder Executivo Federal e Estadual (presidente da República e governadores), os representantes do povo (deputados federais) e dos estados (senadores) no Congresso e os representantes das Assembléias Legislativas.
Para que se tenha uma idéia da importância da eleição, basta citar quantos cargos serão preenchidos pelo voto popular. Serão 1.654 cargos em disputa – um de presidente da República, 27 de Governador, 513 de deputado federal, 1059 de deputado estadual e 54 de senador, dois terços da Casa – sem contar um de vice-presidente da República, 27 de vice-governador e 108 de suplente de senador.
Mais do que eleger pessoas, estaremos escolhendo projetos, programas e preceitos constitucionais e legais. Em eleições de âmbito nacional, os titulares de poderes eleitos têm a prerrogativa de alterar a Constituição e as leis do país, podendo contribuir para garantir a efetividade dos direitos ou utilizar esses poderes para impor retrocessos nas conquistas econômicas e sociais.
Por isso, devemos nos preocupar com as competências e as responsabilidades que serão atribuídas aos titulares desses cargos, que terão poderes para mexer nas conquistas do povo. Precisamos também valorizar o voto consciente, defender a ética na política e a transparência no exercício de funções públicas, pressupostos que dependem de uma boa escolha.
O voto consciente é um importante instrumento para evitar os escândalos que criam desilusão e afastam os eleitores do exercício do direito de voto, além de afugentar da disputa eleitoral cidadãos com visão republicana e vocacionados ao exercício de mandatos e à liderança política.
Além disto, o voto é um instrumento para valorizar o interesse coletivo, portanto, destinado a promover as mudanças que melhorem as condições gerais do povo e não deve ser trocado, por favor, emprego, nem por qualquer bem ou vantagem.
A omissão das pessoas conscientes e corretas nas disputas eleitorais tem conseqüências nefastas. A pior delas é abrir caminho para que políticos inescrupulosos sejam eleitos e coloquem seus interesses particulares, e de grupos, acima dos interesses coletivos.
Autor: Celso Napolitano
Presidente do DIAP
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