Um novo modelo de gestão para o funcionamento dos frigoríficos municipais foi apresentado ontem (20), pela Secretaria da Agricultura (Seagri) através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). Em parceria com o Sebrae, a iniciativa pioneira do Estado vai permitir descentralizar os polos regionais de abate, estimulando assim, a implantação de novas unidades frigoríficas, que passarão a contar com a participação de prefeituras, marchantes e magarefes numa gestão cooperativa em 15 cidades do interior.
O principal objetivo dessa medida inovadora, e já referenciada pelo Ministério da Agricultura, é criar micro polos de abate, fortalecer as cadeias produtivas regionais, melhorar a qualidade da carne, combater o abate clandestino no Estado, além da gerar emprego e renda para a população.
A ação faz parte do Programa de Regionalização do Abate cuja meta é disponibilizar frigoríficos próximos às áreas de produção pecuária na Bahia. “Com isso, damos um passo essencial para descentralizar o setor e minimizar o percentual de abate clandestino no Estado, ao mesmo tempo em que oferecemos às prefeituras um modelo de gestão compartilhada que dará sustentabilidade ao abate tecnificado em nosso território”, enfatizou o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, durante a reunião de trabalho que contou com a presença dos prefeitos de Arací, Barra, Bom Jesus da Lapa, Iguaí, Itaberaba, Itabuna, Itanhém, Jaguaquara, Medeiros Neto, Morro do Chapéu, Paramirim, Remanso, Santa Rita de Cássia, Valença e Valente.
Na ocasião os participantes assinaram um termo de compromisso com a Seagri e a Adab, estabelecendo as responsabilidades de cada município para o sucesso do projeto. “Mas é preciso lembrar que governa melhor quem não governa sozinho”, ressaltou a Secretária da Casa Civil, Eva Chiavon, destacando que as ações só alcançarão êxito se as prefeituras atuarem em conjunto.
Os recursos necessários para a implementação do projeto, alocados via Casa Civil junto ao MAPA, já estão disponíveis na Caixa Econômica Federal. Após a construção dessas 15 novas unidades, a Bahia terá 45 frigoríficos, com capacidade para abater entre 30 a 100 animais/ dia, certificados pelos serviços de Inspeção Federal e Estadual (S.I.F e S.I.E).
Projeto – A expectativa da Adab é estimular a implantação de novas plantas frigoríficas no Estado, fomentando a modernização do parque industrial já existente. “O projeto traduz a oferta de produto sem riscos à saúde pública e o meio ambiente, representando um aumento de divisas para o Estado com reflexos sócio-econômicos positivos”, salienta o diretor Geral da Adab, Cássio Peixoto que apresentou o Projeto de Descentralização do Abate para os prefeitos presentes. O grande desafio agora é fortalecer toda a cadeia produtiva da carne, propondo um modelo arrojado para o desenvolvimento do sistema de abate de forma sustentável no território baiano.
“Já está à disposição das prefeituras, dos produtores e dos empresários, gratuitamente, uma planta padrão de frigoríficos, observando todos os critérios que podem garantir a qualidade e a sanidade da carne”, explica o diretor de Inspeção da Adab, Paulo Emílio Torres, ressaltando ainda que a elaboração desse projeto irá suprir a demanda de carne das localidades circunvizinhas às regiões estratégicas onde já existem matadouros frigoríficos.
A planta mínima padrão dos frigoríficos obedece aos preceitos regulamentados pelo MAPA para instalação e funcionamento das unidades, regulando o abate de bovinos, caprinos e ovinos em todo o Estado. As prefeituras municipais interessadas no projeto podem obter informações na Adab.
Ascom/Adab
Diogo Vasconcelos e Ivana Ramacioti
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