Segure-se, Lula, para não dar um troço

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Como escreveu o saudoso poeta baiano, Wally Salomão, em livro, “Me segure que eu vou dá um troço”. É assim que Lula deve estar a dizer com os seus botões. Oferece demonstração de desequilíbrio a partir da contundência como investe contra a imprensa, porque ele se acha intocável e acima da Constituição. Assim se presume. Releve-se. O presidente está nervoso. Precisa tomar Rivotril. Desconfia-se que o acompanhamento interno do seu partido já oferecia indícios de que Dilma Rousseff entrou em uma faixa de perigo eleitoral, prestes a ceder o segundo turno para os adversários. Foi o que o Datafolha ontem demonstrou, com a queda da candidata, patroa de Erenice, em sete pontos percentuais em comparação com o somatório dos demais candidatos. Rousseff parece ter batido no topo e começou a cair. Está ainda na faixa de tranquilidade, com 49% dos votos, contra 42% dos demais adversários, aparecendo em segundo José Serra, com 28% e Marina Silva, com 13%, ambos pontuando para cima. Não significa dizer que a queda continuará. Em outras pesquisas, poderá aparecer sem mudanças no quadro, mas, se o Datafolha estiver certo, e se a queda for uma tendência, em dez dias de campanha, justo o momento de decisão daqueles eleitores que não o fizeram, a situação fica difícil. Na reta de chegada é que as coisas acontecem. Não é motivo, porém, para Lula continuar a dar seus troços e desvairar-se nos ataques à imprensa porque isso não o leva a lugar nenhum. Aliás, leva. Manchar o seu currículo, concluir o seu mandato com popularidade, mas de forma melancólica por estar voltado contra princípios constitucionais. Calma, presidente, muita calma nesta hora. Sua candidata está bem na fita eleitoral, embora mal no que anda a dizer, no vai-e-volta das afirmações; do negar o que não pode fazê-lo. Política, Lula sabe muito bem, é assim mesmo. Na campanha que Collor venceu, apareceu uma namorada dele que, a soldo, disse o diabo da sua vida conjugal, quando com ela convivia. Chamava-se Miriam. Surgiram em seu governo todos os tipos de corruptos verde-amarelos. Alguns em bando, como os mensaleiros; outros com a cueca cheia de dólares; mais outros com dossiês que ele próprio denominou de aloprados. Foram muitos. Agora surge uma suposta quadrilha familiar de Erenice. Se segura, Lula. E se esqueça dessa história de dar um troço.

Samuel Celestino – Bahia Noticias

 

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