Postado por Paixão Barbosa 5 de novembro de 2010
Passada a fogueira da campanha eleitoral, começa a fase do fogo de monturo em torno da disputa pelos cargos nos governos estadual e federal. Se antes as brigas e disputas eram gritadas e ampliadas pela propaganda eleitoral, agora o que vale é a discrição e as articulações de bastidores, para disfarçar o enorme apetite com que os contendores atuam.
Enquanto Dilma Rousseff desfila sua tranquilidade nas praias e matas de Itacaré, os partidos se movimentam sem trégua nem descanso, tentando garantir espaços junto à presidente eleita e, claro, cobrando suas cotas que julgam ter direito neste grande condomínio que é o governo. Além do já tradicional PMDB, mestre nas artimanhas poder, surpreende a ansiedade demonstrada pelo PP da Bahia, especialmente do deputado federal reeleito Mário Negromonte, que não esconde de ninguém o desejo de ser ministro.
A estratégia do deputado baiano, de se colocar logo como postulante e admitir publicamente que trabalhar em busca de apoios para ocupar uma pasta pode até dar certo, mas ele está se esquecendo que esta é uma briga de lobo comendo lobo, na qual quem corre muito depressa para o riacho em vez de pegar a água mais limpa encontra-se, na verdade, expondo-se aos ataques e queimações de inimigos e de “amigos”.
No plano estadual, o governador Jaques Wagner saiu de férias, mas tomou o cuidado de deixar recados para que sejam evitadas tais precipitações. De qualquer modo, o clima é de ansiedade pois todos sabem que, apesar de ser um governo reeleito, haverá mudanças substanciais em algumas áreas, tanto pela necessidade de rearrumações políticas destinadas a conseguir lugares para alguns derrotados pelas urnas como pelas negociações que vão acontecer com a armação da equipe de Dilma.
Até 1º de janeiro, o clima vai ser de muita tensão, na Bahia e em Brasília, nos arraiais da base aliada.
Fonte: ATARDE ONLINE
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