Ação anticorrupção precisa ser permanente

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Por: Paixão Barbosa – ATARDE ONLINE

Mais uma operação destinada a punir corruptos prende mais de 30 pessoas na Bahia, entre as quais estão sete prefeitos (somente cinco tinham sido detidos até o início da tarde), integrantes de um esquema de desvio de verbas federais e fraudes em licitações, que teriam causado um prejuízo aos cofres públicos de R$ 60 milhões.

Digna de muitos elogios a ação da Polícia Federal e Controladoria Geral da União.

Dois fatos, porém, a lamentar, um deles antes mesmo de acontecer: 1- As brechas da nossa legislação permitem assegurar que, dentro de 15 dias somente os menores peixes apanhados nessa rede estarão na cadeia; e 2- Uma pena que tais operações sejam pontuais e não façam parte de uma ação sistemática de combate à corrupção, em todos os níveis.

Segundo os coordenadores da operação, os sete prefeitos envolvidos, são Aratuípe Antônio Miranda Silva Júnior, conhecido como Sinho – PMDB (Aratuípe), Ivanilton Oliveira Novaes – PSDB (Cafarnaum), Raimunda da Silva Santos – PSDB, conhecida como Mundinha (Itatim), Marcos Airton Alves Araújo – PR, conhecido como Marcão (Lençóis), Everado Caldas – PP (Elísio Medrado, Agnaldo Andrade – PT do BT (Santa Terezinha) e Joyuson Vieira Santos – PSDB (Utinga). Os cinco primeiros foram detidos na manhã desta quarta-feira e os dois últimos ainda não tinham sido encontrados.

Como já foi dito neste espaço e quase todo mundo sabe, é tão disseminada a prática de desviar verbas públicas, usando os mais diversos artifícios, que os gestores honestos – e felizmente eles ainda existem – são tratados como exceção neste Brasil velho de guerra. E a impunidade é, sem dúvida, o maior estímulo para os corruptos de todos os gêneros e níveis.

 

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