Três candidatos devem disputar eleição em 2010

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O número três vem rondando o moderno período eleitoral da Bahia. Três foram os candidatos da “base” do governador Jaques Wagner à Prefeitura de Salvador, dois dos quais estão hoje na oposição. Três poderão ser os candidatos favoritos ao governo do Estado em 2010, tese sempre rejeitada pela unanimidade dos jornalistas políticos da Bahia.

Essa suposta verdade coletiva não existe mais. O governador Jaques Wagner está onde sempre esteve, isto é, esperando o cartório eleitoral abrir para ele se registrar. O ex-governador Paulo Souto “está mais animado”, diz parlamentar do DEM que em outros tempos chegou a duvidar do apetite de Souto para a disputa e agora o vê “viajando muito”.

Pesquisas que o dão em posição confortável para quem está fora do poder estimularam essa movimentação. A essa altura, ele preferiria que sua legenda fosse o PSDB, que lhe emprestaria nova imagem política até por ser o partido do virtual candidato oposicionista à Presidência da República, o governador José Serra. Mas o próprio DEM resiste à sua saída e não abre mão.

O ministro Geddel Vieira Lima apenas dá corda à situação. Como não tem cabimento ser senador na chapa de Souto, e este dá sinais de que vai encarar a campanha, Geddel adia a decisão com uma “consulta às bases”. Avaliará suas relações e possibilidades com Wagner e o PT. Não havendo espaço para o acordo, será candidato, e aí caberá a Souto decidir se aceita uma vaga para o Senado ou segue seu caminho.

Segunda-feira, a sucessão estadual terá um lance importante, pois o governador receberá para um café da manhã as bancadas estadual e federal do PT. Outro tema da pauta será “a conjuntura na Assembléia Legislativa, onde o governo, embora venha aprovando a maioria das matérias de seu interesse, às vezes tem dificuldades para a participação em peso da bancada da maioria, especialmente nas comissões técnicas.

Deputado de longo curso, em conversa informal, opina que o ministro não terá como fugir da candidatura sob pena de desestruturar o patrimônio político que tão arduamente acumulou. “Ou ele sai ou o povo dele debanda. Você acha que Roberto Maia (prefeito de Bom Jesus da Lapa e presidente da União dos Municípios da Bahia) vai com Wagner? Você acha que João Henrique vai com Wagner?”, perguntou.

O parlamentar faz uma ressalva: “Geddel só vai crescer nas pesquisas quando se colocar como oposição a Wagner”. Pelos conflitos e acomodações que PMDB e PT procuram fazer em vários Estados, não seria inusitado que na Bahia pudesse haver dois concorrentes ao governo da base do presidente Lula.

A relação entre os dois partidos tem sido a grande preocupação de Lula, que enfrenta crise pela demissão de afilhados políticos e parentes de peemedebistas em órgãos federais. Dos males, portanto, o menor. Fonte ligada ao Ministério da Integração Nacional assegura que já existe até um nome para suceder Geddel na pasta – e indicado pelo próprio.
Fonte: Tribuna da Bahia

 

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