DEM elege Agripino na tentativa de conter crise interna do partido

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SOB NOVA DIREÇÃO
Um dos líderes do Democratas, Gilberto Kassab não participa da reunião da sigla
O senador José Agripino Maia (DEM-RN) foi eleito por aclamação ontem como novo presidente do DEM. A eleição de Agripino é uma tentativa de conter a crise interna da sigla, ameaçada pela esperada desfiliação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

O prefeito não participou da reunião da Executiva Nacional do DEM que elegeu Agripino presidente. A escolha do senador era uma das condições impostas por Kassab para permanecer na sigla, mas não foi suficiente para mantê-lo no partido.

Oposição
Agripino foi escolhido por transitar entre o grupo de Kassab e do ex-senador Jorge Bornhausen (DEM-SC) com o do atual presidente da sigla, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Agripino disse que o DEM “está vivo e vai em frente”, com o objetivo de crescer “com a força das idéias e dos seus talentos e quadros”.

“Queria agradecer a manifestação de apoio a uma indicação que foi feita para o meu nome exercer a presidência do partido num mandato tampão que irá até setembro, quando farei todo o esforço pelo crescimento do partido”, disse.

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deixa o comando da sigla, disse que a eleição de Agripino reafirma a decisão da sigla de ser oposição no país. “Não abrimos mãos dos nossos princípios e idéias que nos colocam na oposição. A certeza que a democracia se faz em ciclos”, afirmou.

Sacrifício
O líder do DEM na Câmara, Antônio Carlos Magalhães Neto(BA),admitiuque os problemas internos da sigla continuam a existir. Mas disse acreditar que a unidade com a eleição de Agripino será capaz de resgatar a essência do DEM.

“Fazer oposição no Brasil não é fácil. Por ter mantido a nossa coerência nos últimos oito anos talvez tenhamos perdido alguns quadros. Mas o futuro há de retribuir esse sacrifício que muitos de nós estão fazendo”, disse.

Nos bastidores, a cúpula do DEM se articula para questionar na Justiça os mandatos dos filiados que deixarem a sigla para se unirem a Kassab na nova legenda que o democrata pretende criar.

“Se sair do partido, a Executiva tomará iniciativas que a lei recomenda”, advertiu Agripino Maia.
Fonte: Jornal ATARDE

 

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