Em uma ação pioneira, a Bahia será um dos primeiros estados a elaborar um documento com as propostas metodológicas para produção de material didático para a educação contextualizada no semiárido, região que abrange 289 municípios do estado e 3,7 milhões de baianos. O material será elaborado, conjuntamente, durante o 1º Colóquio Educação Contextualizada no semiárido baiano, que acontece nesta segunda e terça (8 e 9), no Hotel Vilamar.
Participam do colóquio educadores das redes estadual e municipais, técnicos da Secretaria da Educação (SEC) e das Diretorias Regionais da Educação (Direc) e representantes de movimentos sociais. O evento é realizado pela SEC em parceria com a Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (Resab) e com o Unicef.
Durante o encontro será sistematizada as metodologias que estão sendo desenvolvidas por outros estados e outras instituições para promover uma educação contextualizada, que respeite as demandas e a cultura local. A abertura do evento contou com a participação do secretário da Educação, Adeum Sauer, da coordenadora geral da Educação no Campo do Ministério da Educação (MEC), Wanessa Sechim, da superintendente de Desenvolvimento da Educação Básica (Sudeb), Ana Maria Teixeira, do coordenador do Unicef, Ruy Pavan, da integrante da Secretaria Executiva da Resab, Cláudia Maísa Antunes, entre outros.
O secretário Adeum Sauer destacou que o grande compromisso deste governo é destinar um olhar especial para o semiárido, região que abrange 60% do território baiano. “A democracia requer o reconhecimento das especificidades do semiárido. Não queremos uma educação só do particular. Temos que conciliar os dois conceitos, o local e o global e fazer um esforço para que o local do campo se universalize. Que sua identidade se afirme no conjunto das políticas da educação”, pontuou Sauer.
A realização do colóquio cumpre uma das proposições da Carta de Compromisso elaborada coletivamente por educadores e representações dos movimentos sociais durante o Seminário Educação e Convivência no Campo: Avanços e Desafios para o Semiárido Baiano, realizado no ano passado.
A proposta é levar para o semiárido uma educação diferenciada, que tenha um olhar para as suas especificidades e promova a sua cultura. “O colóquio demonstra a nossa preocupação em cumprir o compromisso de olhar para o semiárido como área de ação prioritária de governo para a implementação de políticas públicas. A educação não pode ser dissociada desse compromisso, ela é essencial nesse processo”, explica a superintendente Ana Maria Teixeira.
Fonte: AGECOM
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