Raul Monteiro
Em uma prova de que o rompimento com o PMDB do ex-ministro Geddel Vieira Lima virou mesmo uma inimizade, o Partido dos Trabalhadores decidiu, em sua última reunião do diretório estadual, esta semana, suspender alianças automáticas com os peemedebistas nas próximas eleições municipais. No encontro, os petistas decidiram que o PT só poderá fazer composição com o PMDB e o PPS com vistas a 2012 com autorização prévia da executiva estadual.
Por outro lado, a orientação é que o partido busque alianças com os partidos que estão na base de apoio ao governo Jaques Wagner (PT) e evite de qualquer jeito alianças com DEM e PSDB, considerados pelos petistas locais “adversários ferrenhos” no plano nacional. A restrição com relação ao PMDB, que permanece como aliado nacional dos petistas, traz problemas para o PT principalmente nos municípios baianos.
Como foram aliados até a sucessão municipal passada, em várias cidades, lideranças dos dois partidos pretendiam repetir as composições no ano que vem. É o caso de Bom Jesus da Lapa, onde o PT decidiu apoiar um candidato do PV, que para completar é aliado do PSDB local, apesar de o vice-prefeito, Hidelbrando Ferreira, ser um petista que é candidato à Prefeitura e conta com o apoio do atual prefeito, Roberto Maia, um peemedebista.
Anteontem, em telefonema ao Política Livre, Hidelbrando protestou contra a medida e cobrou do presidente estadual do PT, Jonas Paulo, uma posição sobre o caso. “Então, quer dizer que o PT vai deixar um candidato natural para apoiar o de um partido que está aliançado com os tucanos em Lapa? Não posso acreditar que isso vá ficar assim”, protestou Hidelbrando.
Na reunião, o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores decidiu ainda que alianças e a tática eleitoral nos municípios com mais de 50 mil habitantes serão definidas conjuntamente pelas direções municipais e estadual do partido.
Fonte>TB
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