O ministro deixou o cargo na noite deste domingo
Por:Larissa Borges
A presidente Dilma Rousseff informou neste domingo, por meio de nota da Secretaria de Imprensa da Presidência da República, que o ministro demissionário do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), “continuará dando sua contribuição ao País”, ainda que fora do primeiro escalão do governo federal. “A presidenta agradece a colaboração, o empenho e a dedicação do ministro Lupi ao longo de seu governo e tem certeza de que ele continuará dando sua contribuição ao País”, disse Dilma em nota.
Carlos Lupi encaminhou neste domingo seu pedido de demissão à presidente Dilma Rousseff após ter se reunido com a chefe do Executivo no Palácio da Alvorada, em Brasília. Nos bastidores, a situação do ministro ficou insustentável após denúncia de que teria tido cargo fantasma na Câmara dos Deputados por quase seis anos.
Conforme o jornal Folha de S. Paulo , Lupi foi lotado na liderança do PDT de dezembro de 2000 a junho de 2006, mas no período exercia atividades partidárias como vice-presidente da sigla. Funcionários do partido em Brasília confirmaram que Lupi não aparecia no gabinete da Câmara e se dedicava exclusivamente a tarefas partidárias. Parlamentares afirmaram que nunca tinham ouvido falar que o ministro havia sido contratado pela Câmara nesse período. As normas dizem que ocupantes desses cargos devem exercer funções técnicas e precisam trabalhar nos gabinetes.
A situação política de Lupi diante do governo começou a se deteriorar após ele ter de se explicar no Congresso por ter utilizado um avião de um empresário para cumprir agenda pública em municípios do Maranhão.
Ele teria mentido ao negar a que viajara a bordo de um avião providenciado pelo diretor de uma ONG que detém contratos milionários com o Ministério do Trabalho. A aeronave para que o ministro cumprisse agenda oficial em sete municípios maranhenses teria sido providenciada por Adair Meira, que controla ONGs com contratos de cerca de R$ 14 milhões com a pasta.
Apesar do apoio do partido e da vontade da presidente em não perder mais um ministro para denúncias de corrupção, a permanência no comando da pasta se tornou insustentável nesta semana depois que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República, órgão de assessoramento da presidente Dilma Rousseff, recomendou a demissão de Lupi por conta das suspeitas de irregularidades.
Fonte: TERRA
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