LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO
A greve da Polícia Militar baiana fez com que 10% dos turistas que pretendiam visitar Salvador no verão desistissem da viagem, de acordo com estimativa da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens) da Bahia.
A estimativa é baseada em desistências de turistas que tinham reservado pacotes de viagem (que incluem passagem aérea e hospedagem) em agências, mas ainda não tinham pago, e de pessoas que haviam mostrado interesse em ir a Salvador e desistiram.
Segundo o presidente da Abav, Pedro Galvão, em anos anteriores o índice de cancelamentos foi zero e houve fila de espera pelos pacotes. “Se a greve permanecer, o prejuízo será muito grande.”
A Abav e a Abih (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira) na Bahia dizem que reservas já pagas não foram canceladas.
Mas uma enquete feita pelo Shrbs (sindicato de hotéis, restaurantes e bares) com 27 hotéis mostra que, em 8 deles, houve cancelamentos de reservas ou queda na ocupação devido à greve. O sindicato, no entanto, afirma que foram poucos casos e que a ocupação da rede hoteleira segue entre 70% e 100%.
Bares e restaurantes, segundo o Shrbs, foram mais afetados que os hotéis, com prejuízo variando entre 60% a 100% do faturamento previsto para o período.
O comércio também sofreu: o sindicato dos lojistas diz que o prejuízo com vendas não efetuadas em 45 mil estabelecimentos de todo o Estado foi de R$ 200 milhões de terça-feira (início da greve) até anteontem.
Além disso, houve prejuízos materiais com furtos e danos causados a lojas. “Muitas lojas fecharam, e nas que estão abertas não há cliente para consumir”, diz o presidente do Sindilojas, Paulo Motta.
Fonte: UOL.com.br
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