A declaração de que entidades são consideradas de utilidade pública responde pela maioria esmagadora dos projetos que são aprovados pelos deputados estaduais na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). De 215 matérias aprovadas em 2009, 204 são de concessão de títulos de utilidade pública a diversas entidades.
Para a ONG Transparência Brasil, esta prática, que é nacional, é uma avenida aberta para a exploração da corrupção. Segundo o coordenador de projetos da entidade, Fabiano Angélico, a declaração permite que as instituições firmem contrato com governo, estados e municípios, e por haver um sistema falho de fiscalização, a corrupção é muito comum. Para o presidente da AL-BA, Marcelo Nilo (PSDB), isto ocorre porque muita gente procura os deputados em busca de fazer de sua instituição uma empresa de utilidade pública e, diante dos documentos comprobatórios, não há outra saída senão votar e aprovar o pedido. Já o petista Waldenor Pereira defende a prática e diz que as entidades são de interesse da sociedade e que não se pode pensar nelas prioritariamente como passíveis a incorrer na corrupção. As informações são do A Tarde.
Fonte: BahiaNoticias
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