Euclides: antes do debate, maculelê com velas na rua

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Uma sala lotada acompanhou, na tarde de sábado, a mesa O Mar e os Sertões, organizada pelo Estado em homenagem ao centenário de morte do escritor e jornalista Euclides da Cunha. Com a participação da professora de Literatura Walnice Nogueira Galvão, do professor de Teoria Literária e crítico Francisco Foot Hardman, que organiza volume com sua poesia completa, e do escritor amazonense e colunista do Caderno 2 Milton Hatoum, o encontro foi mediado por Daniel Piza, editor executivo do Estado. Além de discutir o clássico Os Sertões, marco literário na história da literatura brasileira, os debatedores destacaram outras obras de Euclides.

O escritor Euclides da Cunha também inspirou um grupo de 40 atores, músicos e dançarinos que transformou Paraty, em cenário para contar as diversas fases de sua vida. “Foi um desafio adaptar sua história”, contou Thiago Cascabulho, que interpretou Euclides, além de ser autor do livro Quatro Cantos de Euclides, base para o espetáculo encenado pelo grupo Coletivo Teatral Sala Preta. “Pesquisei durante um ano sobre a vida de Euclides e percebi que ela era dividida em quatro grandes fases: poeta e militar; sertaneja (Canudos); Amazônica e trabalhos avulsos.” O espetáculo aconteceu na noite de sexta-feira, e a maioria do público ainda estava extasiada com a palestra de Chico Buarque quando foi surpreendida pelos 40 artistas que começaram uma roda de maculelê e distribuíram velas para iniciar uma procissão pela cidade, incluindo parada em frente à Casa de Cultura (onde foi encenada a fase jovem de Euclides), e à igreja de Santa Rita (referência a Guerra de Canudos). Ao final, um pequeno barco surgiu na baía da cidade representando sua expedição pela Amazônia.

Fonte: estadao.com.br

 

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