O ex-presidente chamou os adversários do PT na Bahia de “truculentos” e que não gostam do povo, passando uma imagem que a disputa entre DEM e o PT seria uma espécie de luta de classe à baiana. “É preciso tomar cuidado porque em época de eleição a coisa mais importante é o povo pobre. Em eleição, rico não tem nenhum valor. Porque ricos são poucos e tem poucos votos. Quem tem valor é pobre”, teorizou, seguindo na sua análise: “Se a gente puder colocar (sic) pobre na bolsa de valores, era a ação que mais crescia em época de eleição”. No entendimento do ex-presidente “essa gente” (os integrante do DEM) seria capaz “de falar mal de banqueiro na véspera da eleição, mas depois que ganham vão jantar com o banqueiro e não toma nem um café com o povo pobre da periferia”
Comparação – Com a voz ainda deformada devido ao câncer curado recentemente, Lula teve que se socorrer do governador Jaques Wagner que portava um copo d’água para ele beber quando a voz falhasse. Mesmo assim, fez um discurso de 15 minutos e em diversas oportunidades fez comparações entre Pelegrino e os representantes do chamado grupo carlista. “É importante a gente olhar quem tem uma folha de serviços prestada ao povo de Salvador, quem há 10, 15 anos, estava nas ruas de Salvador brigando por vocês contra a truculência de um governador (referência ao falecido Antonio Carlos Magalhães) que tinha nesse estado. E Nelson nunca faltou em defesa daqueles que estavam sendo vítimas de injustiças”, afirmou.
Recomendou a Pelegrino que se for eleito deve dar prioridade aos pobres, pois essa seria a vocação do PT, citando seu próprio caso. “Quando eu era presidente dizia: eu sei de onde vim e sei para onde vou voltar. Eu não vou para Paris, para Nova Iorque, Londres, vou para um apartamento a 600 metros do sindicato onde eu nasci na política. Vou ficar sentindo o cheiro da peãozada que me fez ser presidente da República. E isso você não pode perder. Por mais que você viva momento de dificuldade, nunca aceite conselho de assessor. Saia para rua e vá explicar para o povo a dificuldade que você tem e o povo vai ajudá-lo a resolver essa dificuldade”.
Fonte: Jornal ATARDE
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