Mas a dor maior que pode sofrer a cidadania nestes tempos tão difíceis é de ter comemorar a implantação de “bases de segurança” aqui e ali. Por mais que seja uma medida positiva, de alguma valia, traduz um esforço inócuo. É como se colocassem pedacinhos de esparadrapo num corpo cheio de focos de hemorragia.
Seria bom ver prefeitos, governadores e presidentes irem à televisão anunciar um projeto amplo e sustentado de educação no Brasil, promovendo em todos os níveis um verdadeiro investimento, não os que são destinados às empreiteiras, que muito levam e pouco dão de retorno.
Somente assim se estaria garantindo ao Brasil – e à Bahia, e a Salvador – o início do fim do crime e do atraso social, a partir de um sistema de ensino que formasse cidadãos por gerações.
Brasil carece também de estadistas
O país, hoje, produz bandidos, e tanto cresce a produção como a produtividade, pois nos esmeramos cada vez mais nos métodos de exclusão, a despeito da política assistencialista que se quer impor como panaceia para males eleitorais.
É preciso ser um cego de consciência para não enxergar o avolumamento de uma dívida social que será sempre cobrada com violência crescente. Em contrapartida, vivemos um estágio em que a nação mais requer a ação de estadistas, mercadoria, desgraçadamente, em baixa.
Fonte: porescrito
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