A BAHIA DE MANGABEIRA E DO AMOR IMPERFEITO

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Política deve ser exercida com civilidade, altivez e respeito. Mas, ao que parece, a Bahia mudou, nesse aspecto, de água para o vinho, ao lembrar os “longínquos” tempos do carlismo, que morreu em 2006 e o deixou um  resquício de nomes interessantes como lembrança. Os que ficaram “sofreram” uma espécie de suicídio por arte individualista, personalista e egocêntrica do deputado baiano “mais votado”, embora com 110 votos a menos, ACM Neto. O suicídio sacrificou nomes fundamentais do grupo, como Jorge Khoury, Luis Carreira, os estaduais Heraldo Rocha, Clóvis Ferraz (este foi “executado”em Conquista, com o lançamento de uma vereadora, sem chances, em seu reduto para derrotá-lo) , Carlos Gaban e muitos outros. Esta era do pós-carlismo já é uma verdade. É muito diferente. Nem o jornal,  “pasquim” da Paralela,  que servia ao que havia de ruim. Hoje, o Correio da Bahia também mudou. Faz jornalismo. Não há mais ódio, perseguições – até de familiares, – xingamento de mãe e coisas que tais. Quem perde, “ama” os vitoriosos  e, assim, numa ciranda safadinha, todos se unem em torno de Dilma Rousseff que traiu mas foi perdoada. Aqui, aliás, não há fundamentalismo religioso islâmico para apedrejar traidores. A ironia é que todos estão juntos, de volta, sorridentes: Geddel, César Borges, Jaques Wagner, enfim, todos saltitam pelo bosque florido da pan-política baiana. Novíssima, cheirando a carro novo, com duendes encantados tocando flautas para a dança imperfeita da ausência de posições. Só ficarão tristes se Serra ganhar o segundo turno. E João Henrique, hein? Que karma é esse, João? Quando resolveu abandonar quem perdeu e chegou para os vencedores ou ainda adversários ( Wagner avisou que no seu grupo não havia espaço para ele, diante dos traumas das eleições municipais de 2006). Enfim, hosanas! Todos se juntam na floresta mágica da política engana-besta. Viva, então a Bahia de Mangabeira que era séria em outros tempos e mudou radicalmente! E toquem aí o Hino do Senhor do Bonfim que eu quero ouvir! E João? Bem, a ele resta plantar feijão.

(Samuel Celestino)- Bahia Noticias

 

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