A corrupção e a tolerância do povo

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Por: João de Tidinha

Lendo uma matéria da jornalista Dora Kramer a respeito da conduta e visão do ministro Celso de Mello sobre o julgamento do mensalão, trago aqui alguns trechos para nossa reflexão. 

De acordo com a jornalista, o ministro destaca o alto poder pedagógico dos procedimentos do Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, cuja essência não está entre a técnica e a política, mas em seu caráter moral. O ministro enfatiza que “há um esforço do Tribunal para que a coletividade saiba perfeitamente porque os réus são condenados ou absolvidos”. 

No seu pronunciamento o ministro destaca o que aparentemente é óbvio, porém relevado pelo povo: “Quem tem nas mãos o poder do Estado não pode exercer o poder em proveito próprio”. Ele torce para que a sociedade compreenda os resultados desse julgamento e que se esforce para defender o seu direito em contar com “administradores íntegros, parlamentares probos e juízes incorruptíveis”. 

Para o ministro a mensagem do Tribunal está dada: “A absoluta intolerância do Poder Judiciário em face dos atos de corrupção”. 

No final o ministro conclui que “o povo brasileiro” é quem ao final definirá sobre a abrangência dessa decisão. Em fim, caberá a nós continuarmos a sermos tolerantes ou não com a corrupção no seio da nossa sociedade. 

Vivemos um momento de decisão. Reflita sobre isso …

 

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