A sede do Supremo Tribunal Federal foi alvo de um ataque na noite de sábado, o que motivou reações de ministros da Corte e a abertura de inquérito pelo Procuradoria-Geral da República. Durante o protesto, um grupo disparou fogos de artifício contra o prédio, xingou ministros e afirmou que o ato era um “recado”.
O presidente do STF, Dias Toffoli, reagiu, pedindo investigação e dizendo que o ato “simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas”. Ele apontou haver respaldo de integrantes do Estado a manifestações como essa. Outros ministros do STF também se manifestaram.
A resposta coordenada foi motivada também pela presença do ministro da Educação, Abraham Weintraub (foto), em ato na manhã de domingo. “Já falei minha opinião, o que faria com esses vagabundos”, disse, em referência à declaração em que pediu a prisão dos magistrados.
Repercussão: o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge de Oliveira, repudiou o ato de sábado. Já o ministro da Justiça, André Mendonça, disse, sem mencionar o ataque, que é preciso “respeitar a vontade das urnas e o voto popular” e pregou “autocrítica a todos”.
Em paralelo: manifestantes contrários e favoráveis ao governo de Jair Bolsonaro foram às ruas em São Paulo e Brasília ontem. Ao contrário de domingos anteriores, os atos terminaram sem confronto com a Polícia Militar.
Outro olhar: apesar do embate com o governo federal durante a pandemia do coronavírus, governadores adotam cautela e estão evitando os protestos contra Bolsonaro. A avaliação é que participação daria cunho eleitoral à disputa.
Fonte: O GLOBO
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