O baixo crescimento, a inflação elevada e a crise hídrica vão assombrar o próximo presidente, avalia Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa, a holding que investe no Itaú e em outras empresas. “Qualquer um que ganhar pegará o país em frangalhos”, diz. Em entrevista a Rennan Setti e Mariana Barbosa, ele avalia o cenário econômico, comenta o desempenho do governo Jair Bolsonaro e opina sobre a corrida presidencial.
O empresário diz acreditar na aprovação das reformas administrativa e tributária ainda este ano: “Se não conseguirmos aprovar nem esse pequeno avanço, estaremos fadados a crescimento baixo por um período longo”. Setubal afirma também que houve “erro de leitura” do Banco Central ao reduzir a taxa básica de juros a 2% e aponta acerto nas altas recentes.
Sobre Bolsonaro, diz não acreditar em golpe nem impeachment, e avalia que o presidente “vê que a maré está virando contra ele”. “A economia não o reelegerá, pelo contrário, poderá colocar dificuldades”, afirma.
A um ano da eleição presidencial, Setubal mostra confiança na consolidação de uma candidatura de “terceira via” capaz de ir ao segundo turno — seu nome preferido, diz, é o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “Mais que anti-Lula, os empresários querem alguma coisa pró-Brasil”, afirma.
O que mais importa
Vaga no STF: Bolsonaro disse que indicará outro evangélico para a Corte caso o Senado rejeite o nome de André Mendonça.
Eleições 1: Flávio Bolsonaro intensificou conversas com o PTB sobre a filiação de Jair Bolsonaro; diálogo com aliado gerou mal-estar no partido.
Eleições 2: Tasso Jereissati vai desistir de candidatura nas prévias do PSDB para apoiar o governador do RS, Eduardo Leite.
Eleições 3: Sergio Moro se reuniu com a cúpula do Podemos e deixou decisão sobre candidatura para depois de novembro.
INSS: o Congresso derrubou veto de Bolsonaro e manteve a suspensão da prova de vida até o fim do ano.
Fonte: O GLOBO
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