O governo está de olho no comportamento de três partidos que, apesar de integrarem sua base aliada, mantêm íntima relação com o maior desafeto do Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Se diante das câmeras o tom é de diplomacia em relação ao comportamento de PSD, PP e PR, nos bastidores a cobrança do governo é por uma definição sobre de qual lado estão. A escolha deve ser reforçada com a reforma administrativa posta em curso pelo governo, que colocou os ministérios controlados por essas siglas como alvos do reordenamento da base aliada. Isso porque a fidelidade dessas legendas, que juntas têm 107 deputados, 13 senadores e quatro ministérios, caiu nos últimos quatro anos. Nenhum dos três partidos apresentou fidelidade ao governo superior a 90% na média das votações realizadas até agosto, segundo o Basômetro, ferramenta online do Estadão Dados que mede o governismo de partidos e parlamentares. Na comparação com o primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff, o apoio desses partidos caiu. O PP, em 2011, apoiou o governo em 93% das indicações, índice que caiu para 53% neste ano. Já o PR, há quatro anos, apoiava o Planalto em 90% das votações. Neste ano, em 74%. O PSD ainda não existia na estreia de Dilma no Planalto, mas em 2015 sua taxa de apoio é de 65%. Leia mais no Estadão.
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