Apetite por verbas mexe com partidos.

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Envolvidos numa avalanche de casos de corrupção nos últimos anos, partidos tradicionais vêm perdendo espaço no número de eleitores filiados. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) compilados pelo GLOBO mostram que, em 2002, MDB, PT, PSDB e PP tinham 49,5% do total de filiados a alguma legenda. Atualmente, a participação dos quatro partidos é de 41%. Esse quadro indica a cobiça cada vez maior de políticos por acesso a verbas dos fundos partidário e eleitoral, expressa na criação de legendas.

Essa fragmentação ocorreu também na Câmara dos Deputados, indicando um cenário que pode se tornar ainda mais complexo para a governabilidade do presidente da República que será eleito em outubro. Na eleição de 2002, MDB, PT, PSDB e PP elegeram 285 parlamentares; hoje, as quatro legendas têm, juntas, 208 deputados.

Entre os filiados, o espaço perdido foi ocupado, em parte, por outras quatro legendas que surgiram no período. PRB (criado em 2006), PSD (em 2011), PROS e Solidariedade (ambos em 2013) têm hoje pouco mais de um milhão de eleitores registrados, o equivalente a 6% do total, e mais de R$ 200 milhões de fundos públicos. As quatro legendas integram o centrão, bloco que já demonstrou força na Câmara ao, por exemplo, apoiar a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Casa, em 2015.

Informações de O GLOBO

 

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