Bolsonaro anuncia novo ministro da Saúde, mas diz que política não muda

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Pressionado pelo ritmo lento da vacinação e pelos sucessivos recordes de mortes por Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro promove nova troca no Ministério da Saúde. O médico Marcelo Queiroga substituirá o general Eduardo Pazuello e será o quarto titular da pasta durante a pandemia de coronavírus.

A mudança é feita no momento em que o entorno do presidente identifica perda de popularidade de Bolsonaro em função do agravamento da crise sanitária. Ontem, o Brasil bateu recorde na média móvel de mortes pelo 17º dia consecutivo.

Ao anunciar a troca, Bolsonaro deixou claro que não haverá mudança de rumo. Disse que Queiroga “tem tudo para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez até hoje”.


Quem é: Marcelo Queiroga (foto) é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Ele é tido como nome de confiança de Bolsonaro e, no ano passado, foi indicado pelo presidente à diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mas aguarda sabatina no Senado para assumir o cargo.

Considerado de bom trânsito entre políticos, ele tem se posicionado em defesa da vacina e, inclusive, já se imunizou. Em entrevista no domingo, disse que a prioridade é a vacinação: “A grande expectativa é de implementar um programa amplo no Brasil’.

Desafios pela frente: acelerar a campanha de vacinação é uma das tarefas imediatas do novo ministro da Saúde. Com o país se aproximando das 300 mil mortes por Covid-19, ele terá ao menos seis desafios políticos e sanitários para conter a doença.

Em paralelo: o vice-presidente Hamilton Mourão reconheceu que o governo federal falhou ao não orientar a população sobre cuidados básicos de proteção, higiene pessoal e distanciamento social. “Nós deveríamos ter tido, desde o começo, uma campanha em nível federal”.


Em destaque: mais de 72 mil pessoas morreram de Covid-19 sem dar entrada em um leito de UTI, indica levantamento da Fiocruz. O estudo considera pessoas que chegaram a ser internadas, mas morreram antes da transferência para a terapia intensiva.

Brasil receberá 545 milhões de vacinas contra Covid-19: veja cronograma

Até dezembro, o Brasil tem a receber 545, 5 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. Ontem, no fim de sua gestão no Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello anunciou ter fechado acordos com as farmacêuticas Pfizer, de compra de 100 milhões de doses, e Janssen, de 38 milhões. Os contratos garantem aos brasileiros seis imunizantes diferentes. O país já aplica a vacina de Oxford e a Coronavac. Neste mês, deve receber a indiana Covaxin. E, em abril, quando são esperadas 57,1 milhões de doses ao todo, deve aplicar também a russa Sputnik V. Confira a previsão do governo para cada mês.

Fonte: O GLOBO

 

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