POR PEDRO DIAS LEITE, EDITOR EXECUTIVO |
A última semana da eleição começa de forma um tanto paradoxal: por um lado, Jair Bolsonaro (PSL) se tornou alvo de uma onda inédita de más notícias contra sua campanha nos últimos dias, de acusações ainda não comprovadas de que utilizou disparos em massa de fake news contra o PT à inacreditável fala de seu filho Eduardo contra o Supremo Tribunal Federal; por outro, sua vantagem de 20 pontos sobre o petista Fernando Haddad parece estável mesmo em meio ao tiroteio, e seus apoiadores tomaram as ruas em grandes atos no domingo.
Apesar da aparente contradição, a resiliência de Bolsonaro mesmo diante dos fatos negativos é justamente uma das bases de sua campanha, que conseguiu desacreditar tudo o que sai contra ele, mesmo notícias factuais. Mas sua força não se ampara só nisso. Os motivos da ascensão do bolsonarismo são mais complexos, como mostra uma reportagem que ouviu ex-lulistas que se converteram em eleitores do capitão reformado.
O apoio eleitoral, no entanto, não blinda Bolsonaro de enfrentamentos das instituições. Ministros do STF refutaram com veemência as declarações de Eduardo (não custa lembrar, o deputado federal mais votado da história do país), classificadas, com razão, de “golpistas” pelo decano Celso de Mello. O presidente do STF, Dias Toffoli, preferiu não se manifestar, para não “botar mais lenha na fogueira”.
Fonte: O GLOBO
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