Nos bastidores desta campanha eleitoral crescem as tradicionais reclamações dos deputados candidatos à reeleição (estaduais e federais) contra a concorrência “predatória” daqueles que estão disputando a eleição pela primeira vez ou que saíram de cargos públicos diretamente para a disputa. Na área governista, as maiores queixas têm como alvos os ex-secretários Rui Costa, Valmir Assunção e Afonso Florence (do PT), que, segundo os queixosos, estariam fazendo campanhas milionárias e sem ligar para redutos eleitorais dos aliados.
A enorme concorrência já havia feito desta eleição uma das mais difíceis para a área legislativa. Mas, está havendo um agravante que deriva desta mesma elevada competição: a multiplicação das alianças nos municípios. Como não há a menor preocupação com identidade política ou ideológica, as alianças reúnem lideranças de diversos partidos, em composições que poderiam fazer corar um frade de pedra, como se dizia antigamente.
Os postulantes à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal estão se lixando para qualquer resquício de coerência e o que importa é conseguir a promessa de apoio. Tampouco importa se o cabo eleitoral que o apoia está fechado com o adversário do seu candidato a governador ou a senador. Tem candidato a deputado estadual participando até de comícios promovidos por coligações adversárias, nos quais o seu partido é execrado.
O que interessa é amealhar alguns votinhos neste “pega prá capar” em que se transformou a corrida pelo Poder Legislativo. Só depois da eleição, vai se pensar em acertar as coisas.
Análise do comentarista Paixão Barbosa – ATARDE ONLINE
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