Não será por falta de sofá que o visitante que passar pela Câmara dos Deputados deixará de tomar o seu “chá de cadeira” quando For procurar algum parlamentar: o Legislativo Federal reservou do seu orçamento (empenhou) na semana que passou R$187mil para a compra de 480 sofás, informa o portal Contas Abertas, referência no Brasil entre as ONGs que acompanham os gastos públicos.
A informação está na seção “Carrinho de compras” que publica semanalmente um levantamento dos gastos curiosos realizados pelo setor público feito na relação de notas de empenho de despesas publicadas pelos diversos setores dos três poderes. O portal faz um alerta: “Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade neste tipo de gasto feito pela União”.
Contudo, o trabalho é importante para que o cidadão saiba em que está sendo usado o dinheiro dos impostos que ele paga. Além dos sofás, na matéria assinada por Aline Sales e Giselle Mourão, se informa que a Câmara “reservou R$ 28,2 mil para a compra de 288 cadeiras e R$ 25,9 mil para a compra de 48 mesas para as copas de suas instalações, outros R$ 12,6 mil para adquirir 330 telefones com identificador de chamadas para as residências e R$ 22,9 mil para comprar 600 telefones do tipo PABX (conjunto de vários aparelhos telefônicos, conectados em uma central telefônica)”.
Senado O Contas Abertas levantou ainda que o Senado Federal pretende comprar “quatro mil unidades de minidisc profissional com estojo individual e com 80 minutos” de capacidade ao custo de R$ 54 mil. Mas R$ 1,4 mil foram reservados para comprar bules, talheres, pratos de sobremesa e guardanapos.Deve vir por ai uma série de rega-bofes. O primeiro deles pelo que se pode deduzir será para o lançamento do livro “Percorrendo Memórias”, no salão nobre do Senado, que contratou um buffet “de quase R$ 8 mil reais”, constata o site. Equipamentos para recepções e chás das cinco (ou das seis) também não faltarão ao Supremo Tribunal Federal que tem a importante função este ano de julgar os 40 réus do escândalo do mensalão.
Fonte: Jornal ATARDE- Edição de 11/04/2011
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