“Não fui contatado por ninguém, convidado por ninguém, sondado por ninguém. Trato da minha campanha para deputado federal.” Estas foram as palavras do deputado federal baiano José Carlos Aleluia (DEM), quando consultado a respeito da possibilidade de ser candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra.
Voces podem verificar que ele não disse que não será candidato a vice, o que continua a alimentar as especulações nos bastidores da cena política nacional. Realmente, não vejo muita vantagem para ele nesta troca, de uma reeleição com certa tranquilidade para uma disputa “árdua” (como classificou o próprio Serra no último domingo). Mas em política, como todo mundo diz – e é verdade – tudo é possível e Aleluia ainda não é figura descartada nesta “caçada ao vice” que os tucanos estão promovendo.
Vejam o caso do senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM), que já estava convencido de que o melhor, para ele e para a sua família, seria retomar sua vida de empresário e professor. Leio, nesta segunda-feira, que a passagem de José Serra pela capital baiana, no sábado, quebrou suas resistências e ele já estaria disposto a aceitar ser candidato.
E olhe que ele sabe, mais do que ninguém, que sua eleição será vista como uma “zebra”, pois a disputa maior, vendo o quadro a partir do cenário de hoje, parece que ficará em torno dos dois candidatos da chapa de Jaques Wagner (PT) – Lídice da Matta e Walter Pinheiro – e do senador César Borges (embora este seja prejudicado com a candidatura de ACM Júnior). Correm por fora os nomes de Edivaldo Brito (PTB) na chapa de Geddel Vieira Lima (PMDB), de José Ronaldo e do próprio ACM Júnior (ambos do DEM e companheiros de chapa de Paulo Souto).
Em política também é assim: nem sempre a vontade pessoal prevalece e, às vezes, é preciso aceitar missões que já se anunciam como impossíveis.
Análise do Comentarista Paixão Barbosa – ATARDE ONLINE
Leave a Reply