Coité: Visita de Wagner acirra ânimos, antecipa campanha e leva Pinheiro a dar pito em grupos do PT e PP

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Victor Pinto

A visita do governador Jaques Wagner, na manhã do último sábado, à cidade de Conceição do Coité, distante 240 km de Salvador, antecipou a campanha eleitoral coiteense, pois os dois pólos principais da política local são da base do governador. O atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Renato Souza, pertence ao PP e o principal adversário dele é Assis da Caixa, ex-vereador e presidente do PT municipal. O chefe do executivo estadual baiano e sua comitiva foram à cidade participar do ato de entrega de 500 residências do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Os dois pré-candidatos, junto aos políticos de suas bases, dividiram o palanque e ficaram lado a lado com o governador, como em outras ocasiões, mas desta vez com os ânimos exaltados, pois se trata de um ano eleitoral. A disputa começou dias antes do evento. Carros de som circulavam pela cidade fazendo o convite para a população, em nome dos dois grupos. Na noite anterior à entrega das casas, a oposição organizou uma carreata pela cidade, com um mini-trio, reafirmando o convite do PT e enfatizando que a obra seria do governo federal e estadual.

No dia do ato, logo cedo, partidários da situação e da oposição dividiam o mesmo espaço no toldo montado na praça do conjunto habitacional diante do palanque dos discursos. A cada citação dos nomes de Assis ou Renato, cada grupo gritava, pulava e aplaudia. Em determinado momento, os ânimos precisaram ser acalmados pelo senador Walter Pinheiro (PT). O parlamentar bradou que as duas lideranças eram convidadas de Wagner e que aquele palanque era institucional. “Mais adiante todos nós vamos tomar partido, mas deixem o calor da campanha para o tempo certo”, disse Pinheiro.

O governador foi frio no discurso, não fez grandes menções às lideranças políticas locais. Só declarou saber que em Coité eleição é “acirrada que nem BA-VI”. Em 2008, o chefe do executivo estadual não foi à cidade, o que provocou a revolta de muitos membros do PT local que fizeram sua campanha em 2002, 2006 e 2010, esta última com a participação, também, da ala do prefeito. Resta a dúvida na população, inclusive motivo de apostas: Jaques Wagner visitará Coité na campanha eleitoral ou se ausentará que nem o fez há quatro anos? Se aparecer, olhará para base ou para as atuações históricas dos correligionários?

 

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