Por: Fernanda Chagas
Passadas as eleições municipais, a sucessão estadual, inevitavelmente, surge como mais nova prioridade para os caciques políticos baianos, que agora, ainda que de forma discreta, voltam todas as suas armas em prol do fortalecimento rumo à disputa em 2014.
Nomes não faltam para o próximo embate que, pode-se dizer, será de gigantes.
O PT, que perdeu a eleição na capital baiana, conforme informações de fontes seguras do Palácio de Ondina, entrará com tudo na briga para emplacar o sucessor do governador Jaques Wagner, que já deixa claro que não se furtará em protagonizar as articulações.
O principal desafio do líder petista será a escolha do candidato dentro do próprio PT, onde nomes não faltam. Estariam no páreo o ex-presidente da Petrobras e atual secretário do Planejamento do Estado, José Sérgio Gabrielli; o chefe da Casa Civil, Rui Costa, o senador Walter Pinheiro e o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano.
Aliado a isso, Wagner terá que conter a ânsia da sua base que já dá indícios de que o consenso em torno do PT não será dos mais fáceis.
No rol dos que devem lançar candidato está o PSB, da senadora Lídice da Mata; o PSD, do vice-governador Otto Alencar, hoje segundo maior partido no estado, embora recém-criado; o PDT do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo e o PP, do deputado Mário Negromonte e do prefeito João Henrique, que tende a rachar internamente.
Questionado sobre o assunto, Wagner em entrevista recente disse que ainda não escolheu seu candidato e que ainda há muito o que conversar com os partidos da base aliada, já que além de nomes do PT, há importantes quadros de outras legendas que almejam o Palácio de Ondina.
“Candidato a governador só vamos começar a discutir a partir do ano que vem. Vamos conseguir manter a unidade desse grupo”, aposta ele, adiantando, entretanto, que não teme as apostas de que seu vice, Otto Alencar (PSD), seja a pedra no seu sapato na tentativa de eleger seu sucessor. Ao contrário, Wagner disse que tem plena confiança no vice-governador.
Otto, por sua vez, volta a destacar que acompanhará a decisão do governador. Segundo o presidente estadual do PSD, mesmo que sua legenda tivesse emplacado 200 prefeitos não se colocaria como candidato em 2014. “Sou aliado de Wagner e tenho compromisso de honra com ele. Portanto, o que ele decidir eu acompanharei. Tenho palavra, tradição e não fujo dela.
Lídice não confirma negociação neste sentido, porém admite o seu peso político no estado e que se essa for uma vontade do seu partido pode sim representá-lo nas urnas.
João Henrique não cansa de afirmar que brigará pela vaga, mas primeiro terá que se entender com sua atual sigla, o PP, que também afirma ter nomes de peso para a disputa.
No campo da oposição, o comentário é de que o apoio do vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica, Geddel Vieira Lima a ACM Neto no segundo turno, estaria condicionado ao apoio à candidatura em 2014 nas eleições para governador. Com isso, Geddel seria a aposta do grupo.
Nenhum dos líderes confirma, mas vale lembrar que antes do anúncio de adesão, o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, admitiu. “Conversei com Geddel e com Lúcio, e é forte a tendência de apoio ao ACM Neto. O que pesa (para eles) é 2014″.
Fonte:TB
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