O Brasil corre um “risco real” de não ter agulhas e seringas suficientes para vacinar a população contra a Covid-19, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Eduardo Lula. O alerta foi feito um dia depois de a licitação do Ministério da Saúde fracassar em obter as 331,2 milhões de unidades — a pasta conseguiu garantir apenas 7,9 milhões. Enquanto isso, o governo de São Paulo informou ter em estoque 71 milhões de seringas e pretende, no começo de 2021, chegar a 100 milhões de insumos.
A compra de seringas faz parte da corrida pela vacinação, que já começou em mais de 40 países. Até agora, o Brasil não registrou nenhum imunizante. Nesta quarta-feira, representantes da Pfizer, cuja vacina já é aplicada nos Estados Unidos e nos países da União Europeia, disseram à Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que a empresa só pedirá autorização emergencial caso assine contrato com o Ministério da Saúde. A pasta, por sua vez, tem afirmado que só comprará vacinas que tiverem o aval da Anvisa.
Enquanto isso, a Fiocruz planeja apresentar à Anvisa até o dia 15 de janeiro o pedido de registro da vacina desenvolvida pela AstraZenaca em parceria com a Universidade de Oxford. O imunizante é a maior aposta do governo de Jair Bolsonaro. Hoje, o Reino Unido e a Argentina aprovaram o produto.
Em foco: o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, manteve em vigor por tempo indeterminado a lei que fixa prazo de 72 horas para a Anvisa se manifestar sobre a distribuição de vacina e outros medicamentos contra a Covid-19 aprovados por determinadas autoridades sanitárias do exterior. A legislação perderia a validade nesta quinta-feira.
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Fonte: O GLOBO
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