Foto: Guilherme Pinheiro/G1
Levantamento mostra que foram realizadas 64 votações nominais durante a quarentena. Parlamentares culpam falhas na conexão de internet e criticam sistema de votação virtual. Câmara afirma que o sistema ‘nunca apresentou qualquer falha de funcionamento contundente’.
O cientista político Leonardo Barreto, da UnB, afirma que há poucos motivos para não votar em uma sessão virtual, com exceção de problemas de saúde ou algo do tipo, já que os deputados agora “carregam o plenário no bolso”.
“Em uma votação presencial, tem um conjunto de problemas que podem ocorrer e tirar [o deputado] de uma votação: pode perder o avião, ter um compromisso político em outro lugar, uma série de possibilidades. Mas, quando você carrega o plenário no bolso, esse leque de possibilidades diminui. E aí resta uma razão principal que é: não votou porque não quis.”
O deputado José Nunes (PSD-BA), que faltou a 35 votações, afirma que esteve presente em todas as sessões, mas diz que teve problemas técnicos para acessar o sistema de votação remoto da Câmara. “Minha residência eleitoral é em Euclides da Cunha, interior do estado, e infelizmente parte do interior da Bahia e do Brasil não são cobertos por internet banda larga, o que dificulta o acesso”, diz.
Já Igor Kannário (DEM-BA), que faltou a 32 votações nominais, informa que registrou apenas uma falta nas sessões virtuais e que “participou, neste período, de todas as votações importantes para combater o avanço da Covid-19”. O parlamentar afirma que “assim como alguns de seus colegas, enfrentou instabilidade no sistema de deliberação remota em alguns dias de votação, impactando no número de votações nominais realizadas no período”. “O deputado informa também que, no dia 14 de abril, não pôde participar completamente da última sessão iniciada devido a um problema de saúde”, informa a assessoria.
Com informações do Portal de Notícias G1
Leave a Reply