O Ministério da Saúde vai distribuir doses de reforço de vacina contra a Covid-19 — a chamada “terceira dose” — a partir de 15 de setembro. A pasta definiu que inicialmente elas serão destinadas a pacientes imunossuprimidos (que têm o sistema imunológico debilitado) e pessoas acima de 70 anos. No reforço, será usada, preferencialmente, a vacina da Pfizer. Na falta dela, devem ser aplicadas as da Janssen e da AstraZeneca.
O governo de São Paulo também decidiu aplicar a terceira dose, mas o público-alvo será diferente: pessoas com mais de 60 anos que tomaram a segunda dose há mais de seis meses. A nova rodada de imunização começará antes do calendário federal, em 6 de setembro, seguindo ordem de idade, e utilizará a vacina disponível no momento da aplicação.
Antes de São Paulo, Niterói (RJ) vai oferecer a terceira dose a idosos que tomaram a CoronaVac. A imunização começa na sexta-feira.
Reação: o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou governadores que não seguem o Plano Nacional de Imunização: “Hoje nós enfrentamos essa anarquia”.
Em foco: o Ministério da Saúde decidiu também reduzir o intervalo entre as doses da vacina da Pfizer e AstraZeneca de 12 para oito semanas. Com antecipação, o governo prevê vacinar todos os adultos até outubro.
O que está acontecendo: autoridades de saúde e pesquisadores apontam a terceira dose como uma das formas de aumentar a proteção da população contra o avanço da variante Delta. Nas últimas semanas, países como Israel, Estados Unidos e Chile anunciaram a aplicação do reforço. A Organização Mundial da Saúde, no entanto, pede que os países aguardem e priorizem a distribuição de vacinas a nações com baixa taxa de imunização.
Comandante do Exército diz que militares devem ser ‘inspiradores de paz, liberdade e democracia’
Diante do presidente Jair Bolsonaro, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, pediu que os militares respeitam a “missão” atribuída pela Constituição e sejam “inspiradores de paz, união, liberdade e democracia”. Nogueira discursou na cerimônia do Dia do Soldado, com a presença de diversas autoridades. Bolsonaro optou por não falar no evento.
Contexto: o discurso ocorre no momento de crise na relação entre Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal, que levaram o presidente a ameaçar agir fora da Constituição.
Em paralelo: alvo de ataques de Bolsonaro, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, disse não ver condições para um golpe de estado no Brasil. “Mas o número de vezes que me perguntam isso começa a me preocupar”, complementou.
O ex-presidente Michel Temer, que voltou a Brasília pela primeira vez desde que deixou a Presidência, disse que não aposta que as Forças Armadas apoiarão um movimento de ruptura democrática.
Fonte: O GLOBO
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