Por: Ilimar Franco (O GLOBO)
Na delação premiada do senador Delcídio Amaral ele cita 41 políticos e seus principais assessores. A gravação da conversa com o ministro Aloizio Mercadante é o ponto alto. Mas não se pode minimizar o restante.
Em política nunca importa se uma denúncia é verdade ou não, Elas ficam tatuadas no corpo de parlamentares, ministros, presidentes e ex-presidentes; e são usadas por seus adversários políticos.
O ex-presidente Lula é o mais citado, mas o senador apontou seu dedo em várias direções.
A presidente Dilma está na lista e seu adversário nas eleições presidenciais, o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, também. O vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, aparece como padrinho de um suspeito. O papo furado dos vazamentos seletivos foi para o espaço.
Os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, também estão no liquidificador. Delcídio é um réu confesso que aponta seu dedo para autoridades dos governos Lula, Dilma e Fernando Henrique.
Lá estão ministros da Fazenda, Antônio Palocci e Pedro Malan; presidentes da Petrobras, Joel Rennó e Phillipe Reichstul; os líderes do PMDB, Eunício Oliveira e do PT, Humberto Costa; e tesoureiros das campanhas presidenciais do PT: José Di Philipi e Edinho Silva. Até mesmo mortos foram ressuscitados: José Janene, Eduardo Campos, José Eduardo Dutra e Antonio Carlos Magalhães.
O mundo político caiu.
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