O que não foi surpresa no evento, porém, foram os discursos ásperos dos membros do DEM. Figuras históricas da direita no país e na Bahia foram declarar sua insatisfação com a legenda e reafirmar que estão abraçando a causa de um dos caciques democratas, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que também é o fundador do PSD. “Este é um momento muito importante na minha vida.
Depois de 30 anos numa legenda, venho hoje assinar esse manifesto. Não estamos aqui para ocupar o espaço de ninguém, mas para ocupar o vácuo deixado pelos partidos. Juscelino Kubitschek transformou o Brasil. Kassab e Otto vão transformar o Brasil e a Bahia”, aclamou o deputado federal baiano Paulo Magalhães (DEM).
Questionado pela reportagem sobre as declarações de seu primo e colega de parlamento e de partido (até então), ACM Neto, o líder da bancada do DEM na Câmara, de que os democratas e os demais políticos vão se filiar ao PSD como forma de “oportunismo e adesismo”, Paulo Magalhães minimizou. “Não vi essa declaração dele (ACM Neto), mas acho que ele vai fazer uma reflexão. Nossa preocupação é fazer o nosso partido crescer e não os dos outros”, disse o parlamentar.
O deputado federal Fernando Torres não economizou nas palavras e detonou as práticas utilizadas por seu partido, o DEM. De malas prontas para ingressas no PSD, o parlamentar feirense disse que a sua atual legenda não faz jus ao nome que carrega, uma vez que não permite práticas democráticas internamente.
“Eu fui perseguido no meu partido somente porque não votei a favor da nova diretoria. Lá a gente não tem liberdade de expressão, porque eles são acostumados com a ditadura militar. Um partido desse ainda tem o nome de Democratas, como é que pode?’’ criticou Torres, em discurso inflamado
Além dele, estavam presentes figuras importantes dos democratas, a exemplo de Gildásio Penedo, deputado estadual, e do ex-deputado Gerson Gabrieli, presidente municipal do DEM. (RF)
Fonte: Tribuna da Bahia
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