Político com as raízes no interior da Bahia, pois é natural de Paramirim, o deputado Gilberto Brito (PR) sabe da importância das residências estudantis, sucessoras das antigas “repúblicas”, para centenas de estudantes que precisam morar em Salvador para dar continuidade aos estudos, especialmente de grau universitário. Essas casas abrigam jovens de cidades distantes que vêm para a capital com o objetivo de assegurar um maior nível de escolaridade e cultural.
Defensor do estudo e do aperfeiçoamento como maneira de melhorar de vida, Brito encaminhou indicação ao governador Jaques Wagner e aos secretários estaduais de Educação, Osvaldo Barreto, e Cultura, Albino Rubim, respectivamente, para pedir que eles desenvolvam estudos no sentido de recuperarem antigos prédios do Pelourinho para que, depois, sejam aproveitados como residências estudantis.
Ainda na indicação, o deputado sugeriu que esse conjunto de prédios seja denominado Cidade do Saber ou Bairros das Repúblicas. “E, assim, fazendo um Governo Republicano estará garantindo mais ‘repúblicas’ para os que lutam por um mundo melhor”, observou o parlamentar.
Na justificativa do documento, Gilberto Brito lembrou que a tradição das repúblicas estudantis ganhou força na Bahia, sobretudo na década de 1960, quando estudantes de municípios longínquos passaram a buscar em Salvador, ou mesmo em São Paulo, o antigo curso científico, hoje conhecido como ensino médio, já preocupados na preparação para o enfrentamento do vestibular – porta de entrada para um curso universitário.
“Como as condições materiais eram escassas, os de cada cidade, ou mesmo região, os estudantes se associavam e faziam nascer as saudosas repúblicas, quando dividiam tarefas e cada um recebia, mensalmente, via caminhões de cargas, as encomendas remetidas pelos pais”, lembrou o deputado.
Com o tempo, as repúblicas evoluíram para as residências estudantis, grande parte estabelecidas nos bairros do Tororó, Nazaré e Saúde, que eram os mais próximos dos colégios Severino Vieira e Central. “Mesmo públicos, esses colégios eram os mais conceituados, não importando a existência de inúmeros particulares”. Brito lembrou ainda que hoje, com menores dificuldades, até porque “a distribuição de renda tem propiciado um certo evoluir nas condições de vida das pessoas”, a busca por qualificação intelectual tem sido mais intensa e, por isso, as residências universitárias são cada vez mais necessárias.
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